Esse texto é de Guilherme Palazzo
imagem: Leonid_ Afremovi_by
"E assim o filho ia vivendo. Vivia apenas por viver? Acredita-se que não, mas
não tinha emoção. Todo dia, quando chegava da escola, era a mesma
ideia sobre as coisas. Nada parecia mudar sua percepção. Nada parecia fazer com que ele olhasse para uma maçã e percebesse o que estava além da maçã.
Você percebe? Certo dia chegou da escola e não só ele, como também sua mãe, perceberam que algo havia mudado. Foi uma mudança tão repentina quanto o breve olhar que fitou em
uma garota na escola. Apesar da brevidade, aquela imagem ficou martelando em sua cabeça até a hora ue chegou em casa.
Nada pôde fazer naquele momento em que não houve troca de olhares, pois já era hora de ir embora. Mas falaremos disto
depois. Almoçou normalmente e adivinha o que havia de sobremesa? Maçã. Pegou-a como quem pega algo muito frágil. Ficou ali, parado, olhando e apreciando uma beleza que jamais
soubera ver. Para ele o tempo não estava passando, mas na verdade estava e estava tão rápido, que ele não conseguia acom-
panhar...então preferiu se sentir estático para eternizar aquele momento. Sua mãe passou e não mais que por impulso perguntou :
"Você ainda está ai filho? O que está acontecendo?" Ele nem se quer ouviu o que sua mãe disse pois estava muito concentrado, mas logo a indagou:
"Mãe, o que é o amor?" Ela não sabia exatamente o que responder, aquela pergunta a havia deixado surpresa e, ao mesmo tempo,
não sabia se era a hora certa para tentar explicar. Pestanejou. Hesitou. "Bem filho, o amor é...como posso lhe explicar...o amor é por si só, a sua plenitude."
- Disse. Pensou rápido que se ele havia feito tal pergunta, era porque estava sentindo algo diferente e mesmo pensando que
ele não havia entendido sua explicação, saiu de perto e o deixou pensando. O garoto nem ao menos sabia o que era plenitude e, instigado pelo momento, foi logo ao dicionário que guardava no
criado-mudo de seu quarto. Procurou. Achou. Leu. Entendeu. Entendeu? Ah, sim! Entendeu a oalavra, mas e o amor?"
Você o entende? Você o quer entender? Não seria melhor senti-lo? Não se ateve mais ao que sua mãe disse, apenas olhou
para a maçã e sentiu, mesmo sem entender. Já estava tarde, apesar de não parecer aquele momento solene o roubara a tarde e parte da noite.
Deitou-se e sua única pretensão aquela noite era sonhar com aquele belo rosto. No dia seguinte, fitou novamente a garota com seu olhar tímido e solitário, mas agora com uma certeza.
A certeza de que ela lhe remetia a algo que aconteceu anteriormente, mesmo não a conhecendo de lugar algum.
Ficou muito confuso apesar de tal certeza e, entendeu menos ainda, mas sentiu. Era o amor. Era o olhar diferente para a maçã. Era o olhar para qualquer objeto eo transformá-lo para
sua realidade, para algo que te faz bem. Ele amou aquela garota, a amou com os olhos. Amou com a certeza da incerteza do que iria acontecer e era isso que brotava o sentimento a cada dia. A vontade de não entender, para ai sim entender
como o amor era belo, singelo.
ideia sobre as coisas. Nada parecia mudar sua percepção. Nada parecia fazer com que ele olhasse para uma maçã e percebesse o que estava além da maçã.
Você percebe? Certo dia chegou da escola e não só ele, como também sua mãe, perceberam que algo havia mudado. Foi uma mudança tão repentina quanto o breve olhar que fitou em
uma garota na escola. Apesar da brevidade, aquela imagem ficou martelando em sua cabeça até a hora ue chegou em casa.
Nada pôde fazer naquele momento em que não houve troca de olhares, pois já era hora de ir embora. Mas falaremos disto
depois. Almoçou normalmente e adivinha o que havia de sobremesa? Maçã. Pegou-a como quem pega algo muito frágil. Ficou ali, parado, olhando e apreciando uma beleza que jamais
soubera ver. Para ele o tempo não estava passando, mas na verdade estava e estava tão rápido, que ele não conseguia acom-
panhar...então preferiu se sentir estático para eternizar aquele momento. Sua mãe passou e não mais que por impulso perguntou :
"Você ainda está ai filho? O que está acontecendo?" Ele nem se quer ouviu o que sua mãe disse pois estava muito concentrado, mas logo a indagou:
"Mãe, o que é o amor?" Ela não sabia exatamente o que responder, aquela pergunta a havia deixado surpresa e, ao mesmo tempo,
não sabia se era a hora certa para tentar explicar. Pestanejou. Hesitou. "Bem filho, o amor é...como posso lhe explicar...o amor é por si só, a sua plenitude."
- Disse. Pensou rápido que se ele havia feito tal pergunta, era porque estava sentindo algo diferente e mesmo pensando que
ele não havia entendido sua explicação, saiu de perto e o deixou pensando. O garoto nem ao menos sabia o que era plenitude e, instigado pelo momento, foi logo ao dicionário que guardava no
criado-mudo de seu quarto. Procurou. Achou. Leu. Entendeu. Entendeu? Ah, sim! Entendeu a oalavra, mas e o amor?"
Você o entende? Você o quer entender? Não seria melhor senti-lo? Não se ateve mais ao que sua mãe disse, apenas olhou
para a maçã e sentiu, mesmo sem entender. Já estava tarde, apesar de não parecer aquele momento solene o roubara a tarde e parte da noite.
Deitou-se e sua única pretensão aquela noite era sonhar com aquele belo rosto. No dia seguinte, fitou novamente a garota com seu olhar tímido e solitário, mas agora com uma certeza.
A certeza de que ela lhe remetia a algo que aconteceu anteriormente, mesmo não a conhecendo de lugar algum.
Ficou muito confuso apesar de tal certeza e, entendeu menos ainda, mas sentiu. Era o amor. Era o olhar diferente para a maçã. Era o olhar para qualquer objeto eo transformá-lo para
sua realidade, para algo que te faz bem. Ele amou aquela garota, a amou com os olhos. Amou com a certeza da incerteza do que iria acontecer e era isso que brotava o sentimento a cada dia. A vontade de não entender, para ai sim entender
como o amor era belo, singelo.
Sua garra e determinação pelo
sentimento eram tamanhos, que levaram tal garota à idolatria. Sim, ele conseguia
amar com os
olhos! Voltou para casa com um sorriso estampado em seu rosto que jamais ousara mostrar. Apenas sentou à mesa como um dia normal e, mesmo sentindo tudo que queria sentir, não
pediu conselhos à sua mãe, pois não queria tentar entender. Sua maior vontade daquele momento em
diante, era que alguém lhe perguntasse se sua vida teria valido a pena, para que ele pudesse encher o peito de orgulho e dizer: sim, pois eu amei."
olhos! Voltou para casa com um sorriso estampado em seu rosto que jamais ousara mostrar. Apenas sentou à mesa como um dia normal e, mesmo sentindo tudo que queria sentir, não
pediu conselhos à sua mãe, pois não queria tentar entender. Sua maior vontade daquele momento em
diante, era que alguém lhe perguntasse se sua vida teria valido a pena, para que ele pudesse encher o peito de orgulho e dizer: sim, pois eu amei."
Oi Eliete, que texto lindo!
ResponderExcluirQuem é que pode explicar o que é o amor?
Só vivendo para saber...
Bjs
Ahhhh, o amor... O que seria a vida sem o amor??? O grande protagonista de nossos corações??? Eu sempre acreditei no amor e acredito no poder transformador dele também...
ResponderExcluirBoa semana flor!!!